Mont Saint Michel

A Bretanha diz que é na Bretanha, a Normandia considera que é na Normandia, seja onde fôr o Mont Saint Michel lá está, com o arcanjo dourado a 174 metros no pináculo da sua abadia, como que a fazer lembrar que também os arcanjos se podem sentir em equilíbrio instável.

Um desejo de lá ir, desde menino, deslumbrado pela imagem de um monte-ilha cónico no meio de uma imensa baía onde o areal é inundado em cada maré alta, local viveiro de uma bio-diversidade que se "respira".

Agora invadido por mais de 3 milhões de turistas por ano, a carecer de voltar à sua condição de ilha.

Visto no seu casario todo de pedra, austera, a fazer pensar nos dias de bruma a abraçar os monges beneditinos que por lá se consagraram à glória de Deus enquanto não chegava a Revolução francesa.

Uma rua estreita, ascendendo até à casa onde se paga para sentir o ambiente interior, cheia de lojas pequenas com "souvenirs" para os turistas, de pequenos espaços para comer uma "baguette au fromage", beber uma cidra ou comer umas "moules" seguidas de um café com um magnífico "petit calva".

Uma luz cinzenta e pálida.