terça-feira, setembro 20, 2005

com dedicatória a pessoas que muito amo

Também no amor os caminhos se separam, fica a dôr, a nostalgia do tempo em que se construía o futuro comum, o saber a obra incompleta, mágoa de não termos sido capazes, o olhar para os casais que se beijam e o frio que nos trespassa por já não sermos nós os namorados. A solidão da ausência do outro, o estar, apenas.
O mundo vai continuar a girar, na esquina da rua o acidente matinal, o autocarro passa com o atrazo usual leva pessoas aos destinos que elas sabem para onde ir, a camioneta da escola que buzina pelas crianças ensonadas no calor da mão que as protege.No café da rua lá se discute a bola de Domingo, a telenovela de cada serão.
A mais absoluta indiferença, o mais amargo vazio.
Porquê nós ?
O tempo irá andando sem esperar pela nossa tristeza e um dia, passados poucos ou muitos anos, estaremos juntos de novo na festa de fim de curso do filho a quem daremos felizes muitos beijos e parabéns. Se calhar até irão celebrar juntos, com grande alegria e muito orgulho pelo rebento agora licenciado...
...após o que ele volta para casa da mãe que arranjou um namorado que o trata como se fosse um irmão mais novo, enquanto o pai se afasta de coração partido com a sua mulher que o acolhe como uma segunda mãe...pais separados, felizes, mas dói.
A vida retomou o seu curso, o capítulo teve um "happy end".
A melancolia do tempo em que foram felizes, essa...

3 Comments:

Blogger MIN said...

Fuck You Tonyyy. You are not welcome here!

(Ai Caramba, este post!!!)
Beijo.

11:31 da manhã  
Blogger MIN said...

Da obra incompleta, da frustação eterna de não ter sido capaz...
casa da mãe, casa do pai..a angústia na altura de dizer: adeus pai, até daqui a 15 dias.
Vazio? Indiferença? Nop!
Kisses again.

11:39 da manhã  
Blogger GoncaloCV said...

como dizia Chaplin: O tempo é um grande autor e escreve sempre um final feliz

5:36 da tarde  

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