EUROPA
Participei muito recentemente (em Berlim, pois claro) numa reunião que integra representantes dos 25 países da UE, relativa a um assunto que naturalmente pode interessar a todos e cada um de nós.
É muito estimulante "viver" a UE a 25, cada um com as necessidades e interesses específicos, as suas abordagens, as sua lógicas de raciocínio, as suas perspectivas, as suas grandezas mas ainda a mesquinhez, as suas línguas, o seu humor (ou falta dele), a sua cultura, enfim, a sua IDENTIDADE.
A EUROPA só se fará se tais Identidades forem respeitadas e nesse caso será um magnífico espaço de liberdade e bem estar. Nunca se fará sem a participação e o envolvimento dos cidadãos, construindo ao ritmo adequado esse conceito de cidadania europeia; basta procurar elementos novos de partilha, valorizar o que nos une e resolver no concreto o que nos separa.
O sedimento de 900 anos de Nação, como no caso português, tem uma força que nada pode vencer de uma rajada só, logo há que evoluir gradualmente de modo a incutir um sentimento de segurança e de não perda aos cidadãos, construir novos pilares de comunidade e de fraternidade.
O programa Erasmus, por exemplo, é um exemplo do caminho a seguir, mas devia ser acessível a todos os estudantes que o quisessem viver e não apenas aos que têm dinheiro para o fazer. Não podemos construir a Europa sem a sua juventude, não parece óbvio ?
A EUROPA será FRATERNA ou não será, não me parece que haja grandes alternativas.
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