MISSAS
Hoje não fui à missa, como acontece há muitos anos.
No tempo em que era jovem (adolescente, mas não gosto da palavra, sugere logo mentecapto) ia de vez em quando... à saída da missa, conceito deveras singular...não ir a, ir à saída de....o que acontece entre o ir a e o sair de, isso pouco importa.
É assim como que não ir ao Benfica-Sporting mas sim à saída do Benfica-Sporting, não ir ver o Cinema Paradiso, mas estar à saída do Cinema Paradiso, não se maravilhar com a Pietá, mas ficar às portas de São Pedro.
Não ouvir os três tenores, ir à saída do concerto nas termas de Caracala.
Não celebrar o amor, esperar que ele se esgote antes de acontecer.
Não há sentido de ausência, de vazio, de limite zero, mais absurdo e total !
O buraco negro da não emoção, da não beleza, da não humanidade.
Ideia portanto perigosamente próxima do "Viva la muerte", Espanha, guerra civil.
Passei-me ou estou lúcido ?
Vou voltar a ir à missa...
5 Comments:
joeylane7071, se for à missa pode ser que seja absolvida... caso contrário... vá passear para bem longe!
Pois é MIN, parece-me que estava mesmo "passado"...sem absolvição possível, mesmo com muitas missas.
Ao voltar aqui apetece-me mais o Porsche ! Viva la vida !
Tb eu quero um porsche descapotável..cabelos ao vento e muito sol na moleirinha!
Pois, a saída da missa tem encantos nos recantos que a missa não tem nem terá. A saída da missa é alegre e vibrante. Lá dentro, na maioria dos casos, está tudo seco, inerte, sem luz nem brilho e, na verdade, cultua-se mais a morte do que a vida.
"A saída da missa é alegre e vibrante"...pode ser verdade, sim senhora...viva a saída da missa, também !
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